Françoise Forton comemora 50 anos de carreira com estreia do musical Estúpido Cúpido e exposição “A Incansável Guerreira da Arte”.
O elenco de 11 atores interpreta as personagens na década de 60, em flashback, na fase atual em 2016. “Tenho como referência os filmes que assistia na Sessão da Tarde, o clima histórico antes da Ditadura Militar”, conta o autor Flávio Marinho.
Na comédia musical, Tetê (Françoise Forton), vencedora de um concurso de beleza, hoje atriz famosa e apresentadora do programa “Sossega” é convencida por sua melhor amiga desde os tempos de escola, Ana Maria (Clarisse Derzié Luz), através do Facebook, a ir num reencontro da turma de colégio, uma festa com músicas e figurinos dos anos 60 e 70. No convite está bem claro: trilha sonora, drinques, traje, tudo vai levar as personagens de volta à era da inocência. “Como estamos em 2016, apesar de todo envolvimento emocional, surge o inevitável olhar crítico, sempre com muito humor”, conta Marinho. No evento, Tetê reencontra não só a rival Wanda (Sheila Matos), como também o ex-marido Frankie (Renato Rabelo) e uma antiga paixão, Teddy (Luciano Szafir) – um namorico do colegial. Wanda, durante a comemoração, mostra que os anos não conseguiram domá-la, e chega com o mesmo objetivo de Tetê: laçar Tadeu – ou Teddy, para os íntimos. Só que elas não esperavam que Teddy trouxesse na lambreta sua nova namorada, uma jovem de 21 anos, estilo 2016. Danielly (Carla Diaz) – e ai de quem a chame de Daniela – está completamente por fora da história e do clima da festa. É aí que o conflito entre o passado e presente se torna mais denso. “A encenação está baseada no espelhamento, que propõe um jogo teatral, onde saímos do realismo e o espetáculo ganha um tom mais poético”, explica Gilberto Gawronski que, pela primeira vez, em 35 anos de carreira, dirige um musical.
Estúpido Cupido é pontuado por 20 músicas integradas a ação dramática. Hits que atravessam décadas de sucesso, dos anos 60 e 70 até os dias de hoje. As músicas são tocadas por uma banda ao vivo, composta por guitarra, bateria e baixo, que dá o clima do espetáculo. O palco e a plateia são remetidos à época através de canções como “Banho de Lua”, “Lacinhos cor de rosa”, “Tetê”, “Juntinhos”, “Broto Legal”, “Frankie”, “Teddy”, “I’ve got under my skin”, “Biquíni de bolinha amarelinha”, “Filme Triste”, “Alguém na multidão”, “Erva venenosa”, “O bom”, além da música-título do espetáculo, “Estúpido Cupido”, e mais duas versões: “Nosso amor”, a partir da música “I’ll follow the sun”, dos Beatles e “Estou aqui”, a partir da música “I’m still here”, do musical “Follies”.
“Quem nunca cantou, nem que seja o refrão destes que foram os maiores hits dos anos 70, 80 e 90 e embalam festas até hoje? Quem não se lembra do universo cultural e romântico que a novela abordou e que tornou popular e eterna a canção Estúpido Cupido, na versão de Celly Campelo?”, recorda Eduardo Barata, produtor do espetáculo.
Os 50 anos de carreira da atriz estão retratados na exposição: FRANÇOISE FORTON – A INCANSÁVEL GUERREIRA DA ARTE. “Ela é uma atriz que marcou a vida dos brasileiros. A trajetória profissional de Françoise – que interpretou personagens inesquecíveis no teatro, TV e cinema – está presente na memória afetiva do público”, define o curador da exposição, o colecionador Marcelo Del Cima.
ESTÚPIDO CUPIDO – Estreia dia 27 de Fevereiro – Temporada: até 20 de Março
Teatro Gazeta (650 lugares)
Avenida Paulista, 900 – Térreo
Informações: 3253.4102
Vendas: www.teatrogazeta.com.br e 4003.1527
Sábados às 21h | Domingos às 18h
Ingressos: R$ 100
Duração: 90 minutos
Recomendação: 12 anos
Crédito: Ricardo Brajterman