Dúvidas sobre Hipertensão? Dra. Carolina Casadei explica…

A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial, caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA). Tendo alta incidência e baixas taxas de controles, é considerada um dos principais fatores de risco modificáveis para doença cardiovascular (DCV) e um dos mais importantes problemas de saúde pública. A mortalidade por DCV aumenta progressivamente com a elevação da PA e a prevalência de HAS em nosso país é de 30%. Existe relação direta com a idade, sendo a prevalência de HAS > 60% nas pessoas acima dos 65 anos, além da contribuição dos fatores genéticos.

Diagnóstico: A medida da pressão arterial deve ser realizada em toda consulta médica independente da especialidade. Os equipamentos para aferição devem estar devidamente calibrados. Em tempo: Os aparelhos no punho e no dedo não são recomendados. pressao Medidas não medicamentosas:
Hábitos saudáveis de vida devem ser adotados desde a infância e as principais recomendações são: alimentação saudável, consumo controlado de sal e álcool, combate ao sedentarismo e tabagismo. A obesidade e o sobrepeso associam-se com HAS desde a idade jovem, na vida adulta o aumento de 2,4Kg/m² no índice de massa corpórea (IMC) acarreta maior risco. Um IMC < 25Kg/m² é a meta a ser buscada, assim como uma circunferência  abdominal < 102cm para homem e < 88cm para mulher. IMC <25 previne 40% o desenvolvimento de HAS em mulheres.

Dietas ricas em frutas, hortaliças, fibras, minerais e laticínios com baixo teor de gordura, tem importante impacto. Esse tipo de dieta reduz 14% o desenvolvimento de HAS. A utilização de dietas radicais, como ricas em carboidratos ou em gorduras, deve ser desencorajada, pois não são sustentáveis em longo prazo e resultam em abandono do tratamento.

Sal: a necessidade do ser humano de sódio é de 500mg (1,2g de sal), foi definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) 5g de sal de cozinha, a quantidade máxima saudável. A ingestão excessiva de sódio tem sido correlacionada com aumento da PA. A população brasileira apresenta um padrão alimentar rico em sal (% de vezes a mais do recomendado pela OMS).

Álcool: sua ingestão por períodos prolongados pode aumentar a PA e mortalidade cardiovascular.

Sedentarismo: atividade física diminui a incidência de HAS, assim como mortalidade e risco cardiovascular. Essas mudanças no estilo de vida são fundamentais para o tratamento, isoladamente ou em associação a remédios anti – hipertensivos quando recomendados pelo seu médico. É uma doença que precisa de tratamento adequado, para que as metas de PA sejam alcançadas e suas complicações possam ser evitadas.

DSC_0006 Dra. Carolina Casadei
 Médica do setor de insuficiência e transplante cardíaco do Instituto Dante Pazzanese.   www.dracarolinacasadei.com.br
contato@dracarolinacasadei.com.br

Publicado por:

Foto de Adriana Mingorance
Revista
Flashes & Fatos
SP Brasil